Os domingos de Paris
para mim são a família
e só me digo feliz
quando despeço a mobília
da casa que se desfez
e volto à vida refeita,
uma vez e outra vez,
dizendo adeus à maleita
de aqui me fingir feliz
só por ter tido o acaso
de vir parar a Paris.
Os domingos de Paris,
qual beleza no ocaso,
são o que deles se diz.
Caro Alcipe
ReplyDeleteCreio que a 'velha senhora' exorbita ao armar-se em crítica de poesia, mas a amizade de sempre com esta minha velha amiga e o respeito que tenho pela sua avançada idade não me permitem censurá-la:
eu pobre rimalhadeira
poetisa nunca quis
nem fingir ser mas no caso
diria desta maneira:
"de me fingir tão feliz
só por ter tido o acaso"
que me desculpe o autor
grã poeta consagrado
dispersou-se aí amor
co'o mário de braço dado?
Falta uma silaba, sim senhora!
ReplyDeleteMelhor, Velha Senhora?
ReplyDeleteA 'velha senhora' da-lhe toda a razão:
ReplyDeletemeu 'tão' não não se acomoda
'aqui' é muito melhor
alcipe sabe da poda
eu velha soube de amor
A 'velha senhora' parece que acordou desesperada. Acaba de me ditar ao telefone:
ReplyDeleteeu velha soube de amor
e ainda sei com quem for
ele há mais rimas em -oda
roda boda moda f***
venha-me alguém por favor
que se eu gostar me dou toda
esse é portanto o ritmo do diplomata, o nomadismo de andar com a casa desfeita e refeita de sitio para sitio, deixar paris onde são bons os domingos em familia, quanto ao ocaso os sentidos podem ser vários, o sentido geografico ou horário quase já não se usa, é pena, bela palavra, vemos o sol baixar, os figurados agora usam se mais, não interessa, os que lêem têm à sua escolha 9 sentidos, talvez mais, para a palavra; maleita é palavra pouco usada em poesia nestes dias, pois os domingos de paris são para mim os de jean dezert, os de maupassant, os de prévert, tambem os que evoca o sonetilho, com ou sem nostalgias, não sei, etc etc
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