O AUTOR NÃO SE CONFORMA COM A MUDANÇA DE HORÁRIOS DA SUA GERAÇÃO, EXPERIMENTADA NUMA CHEGADA TARDIA AO BAR PROCÓPIO
A juventude toda de Lisboa
enchia as praças, apinhava as ruas;
só no Procópio a mesa dois destoa:
todos já recolhidos lá nas suas!
Saudade de outros tempos prazenteiros,
de madrugadas cheias de emoção!
Diz-me o senhor Luís: "são os primeiros
a recolher aos caldos e à mansão..."
Ó geração perdida doutros anos,
agora a retornar como avezinhas
ao sono ou internet, desenganos
da História e das histórias pequeninas!
Possa eu dos meus sonhos despertar
só quando a tosta mista me chegar!
A juventude toda de Lisboa
enchia as praças, apinhava as ruas;
só no Procópio a mesa dois destoa:
todos já recolhidos lá nas suas!
Saudade de outros tempos prazenteiros,
de madrugadas cheias de emoção!
Diz-me o senhor Luís: "são os primeiros
a recolher aos caldos e à mansão..."
Ó geração perdida doutros anos,
agora a retornar como avezinhas
ao sono ou internet, desenganos
da História e das histórias pequeninas!
Possa eu dos meus sonhos despertar
só quando a tosta mista me chegar!
Já noite entrada, assoma à "dois" um diplomata jovial
ReplyDeleteUseiro da "movida", sonha noitadas p'lo país.
Que julgas tu? Que estás nos tempos do Juvenal?
Ó nescio bardo, este é o tempo da troika e do Luís!
que queijo usará o preparador nas tostas? os queijos da(s) ilha(s) são para mim os melhores, derretem, fundem, palavra mais tecnica e têm sabor forte e aromatico.
ReplyDeletepais de queijos de ovelha, os ilha são a excepção à regra, o limiano não é queijo, é voto, do castelões nem falar.
será o queijo em fatias separadas por folha transparente o usado?
os da mesa retornam aos caldos, perfeito, a mudança de horários ajuda, que isso não seja revisto em nome de troikas, a noite cedo tem encantos nesta altura, a tosta interrompe o devaneio, etc etc
Podem os da mesa dois estar todos bem no seu invólucro, mas a idade do interior, essa, já a muito obriga!
ReplyDeleteRecordações confusas da 'velha senhora', esta velha médica minha amiga:
ReplyDeleteconheço uns da mesa dois
que tratei co'amor igual
não me lembro é porra pois
qual na minha cama e qual
numa cama de hospital
Vai bonita a brincadeira , sim senhor , mas como sempre a velha senhora transcende-se...
ReplyDeleteCara Isabel Seixas
ReplyDeleteVeja-me só quanto a 'velha senhora' a estima e aprecia. Agradada e agradecida pela sua simpatia, dedica-lhe a cantilena e o sonetilho que seguem. Quase tenho ciúmes!
1.
a isabel é que me entende
não fosse ela eu desistia
pois há gente que pretende
mal sofrer por minha via
sofre tanto e não apreende
o que bem se evidencia:
eu a velha sou duende
que de raiva desafia
essa morte que me estende
o lençol do fim do dia
só que a velha não se rende
em lutar e rir porfia
co'alegria se defende
rimalhando se distende
e medo e morte transcende
na maior ribaldaria
2.
"pretender fazer sofrer"
é contrário a tudo o que eu
faço e fiz do meu viver.
sendo médica, é só meu
objetivo dar prazer,
ter sofrer como inimigo.
dediquei todo o meu ser
- dedico inda, se consigo -
a tratar quem me procura.
co'o saber que em mim cultivo
e co'amor que me não falta,
ao doente hei de dar cura
e a alegria de estar vivo!
bem, aos mortos dou-lhes alta…
Posso retribuir Sr. embaixador Poeta...
ReplyDeleteUau Só que inspiração...
É o que mais gosto em Si
rima canta uma canção
que exotismo não perdi...
Tive dúvida no entender
das camas o diferencial
então uma cama é sua
e a outra é do hospital?...
Bem e solidariedade
hão-de ser a sua fama
não vejo maior liberdade
que ser anfitriã na cama
posto isto o que mais dizer
a não ser quanto a admiro
mesmo o conceito de prazer
em que me fico ou me piro...
peço-lhe pois só mais este favor
dê pois alta a todos os mortos
leve a contas PM , PR num andor
mais este desgoverno de broncos...