Mais que supérfluo, daninho.
Sustentarem-me e um embaraço.
Aqui o corvo fez seu ninho:
baixo o meu braço.
Ocorre o eco, saio de cena.
Sustentarem-me e um desconcerto.
O corvo busca sua merenda,
tumulo aberto.
Demoro pouco, deixei uns versos.
Sustentarem-me e um desperdício.
O corvo busca ossos dispersos
no precipício.
Sustentarem-me e um embaraço.
Aqui o corvo fez seu ninho:
baixo o meu braço.
Ocorre o eco, saio de cena.
Sustentarem-me e um desconcerto.
O corvo busca sua merenda,
tumulo aberto.
Demoro pouco, deixei uns versos.
Sustentarem-me e um desperdício.
O corvo busca ossos dispersos
no precipício.
curiosas as ambiguidades deste poema com bonita cadencia, mas mudando de assunto recorda allan poe e tambem a canção espanhola cria cuervos, não sei se é assim que se chama, mas aparece no inicio da pelicula de carlos saura, só pelo titulo que ignoro a letra, mas poe sim, pelo tema romantico, talvez gótico, corvo, tumulo, ossos, mas é na ambiguidade que reparei em primeiro lugar, confunde o leitor mas o leitor cala e não interroga, etc etc
ReplyDeleteCria cuervos y te sacaran los ojos
ReplyDeleteHum tão profundo quanto bonito,
ReplyDeletemas sinto um arrepio e mau agoiro...
Que ajuste sublime à realidade, mas apetece-me induzir o pensamento para as gaivotas mais encorajadoras e reflexivas...
Lido mal com a sofreguidão dos corvos....