Esse chapéu de ir a bancos
fica-lhe, doutor, a matar
no intermédio labor de falazar.
- Impenitente poetastro
a que dislate se atreveu?
Nao tem onde cair morto
e da sinistra e ate...
- Doutor, já aqui nao esta quem falou!
(Alexandre O'Neill)
fica-lhe, doutor, a matar
no intermédio labor de falazar.
- Impenitente poetastro
a que dislate se atreveu?
Nao tem onde cair morto
e da sinistra e ate...
- Doutor, já aqui nao esta quem falou!
(Alexandre O'Neill)
Mais um a propósito, mas eu acho que ainda não era a perceção premonitória do poder dos bancos, mas ...
ReplyDeleteGosto mais do soneto inglês embora não venha a propósito...
Soneto inglês
Como o silêncio do punhal num peito,
O silêncio do sangue a converter
Em fio breve o coração desfeito
Que nas pedras acaba de morrer,
Vive em mim o teu nome, tão perfeito
Que mais ninguém o pode conhecer!
É a morte que vivo e não aceito;
É a vida que espero não perder.
Viver a vida e não viver a morte;
Procurar noutros olhos a medida,
Vencer o tempo, dominar a sorte,
Atraiçoar a morte com a vida!
Depois morrer de coração aberto
E no sangue o teu nome já liberto...
Alexandre O´Neill
Poesias Completas
1951/1981