Porque, no nosso caso, não se podia nomear, aqui vai a mesma palavra pela pena de um "poeta-de-que-os-poetas-não-gostam":
Canção de Madrugar
De linho te vesti De nardos te enfeitei Amor que nunca vi Mas sei
Sei dos teus olhos acesos na noite Sinais de bem despertar Sei dos teus braços abertos a todos Que morrem devagar Sei meu amor inventado que um dia Teu corpo pode acender Uma fogueira de sol e de fúria Que nos verá nascer
Irei beber em ti O vinho que pisei O fel do que sofri e dei Dei do meu corpo um chicote de força Rasei meus olhos com água Dei do meu sangue uma espada de raiva E uma lança de mágoa Dei do meu sonho uma corda de insónias Cravei meus braços com setas Descobri rosas, alarguei cidades E construí poetas
E nunca te encontrei Na estrada do que fiz Amor que não logrei Mas quis
Sei meu amor inventado que um dia Teu corpo pode acender Uma fogueira de sol e de fúria Que nos verá nascer Então:
Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos, Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas, Nem feras, nem ferros, nem farpas, nem farsas, Nem forcas, nem cardos, nem dardos, nem trevas, Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos, Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas, Nem terras, nem ferros, nem farpas, nem farsas Nem Mal
Porque, no nosso caso, não se podia nomear, aqui vai a mesma palavra pela pena de um "poeta-de-que-os-poetas-não-gostam":
ReplyDeleteCanção de Madrugar
De linho te vesti
De nardos te enfeitei
Amor que nunca vi
Mas sei
Sei dos teus olhos acesos na noite
Sinais de bem despertar
Sei dos teus braços abertos a todos
Que morrem devagar
Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo pode acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer
Irei beber em ti
O vinho que pisei
O fel do que sofri e dei
Dei do meu corpo um chicote de força
Rasei meus olhos com água
Dei do meu sangue uma espada de raiva
E uma lança de mágoa
Dei do meu sonho uma corda de insónias
Cravei meus braços com setas
Descobri rosas, alarguei cidades
E construí poetas
E nunca te encontrei
Na estrada do que fiz
Amor que não logrei
Mas quis
Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo pode acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer
Então:
Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
Nem feras, nem ferros, nem farpas, nem farsas,
Nem forcas, nem cardos, nem dardos, nem trevas,
Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
Nem terras, nem ferros, nem farpas, nem farsas
Nem Mal
Ronaldo Azenha de Noisiel (Pont de Sèvres)