A FERNANDO PESSOA
A chuva no coração
faz a relva das imagens
brilhar como a sensação
que vem depois das viagens.
E quem quiser aprender
o seu mote nesta veia,
tem que parar, esquecer
tudo aquilo que encandeia.
Por isso te dou eu corda,
vagabundo coração,
ductilidade na forma
a desenhar emoção ...
Ronaldo Azenha de Noisiel
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
Diga lá, ó doutor, se isto não é poesia asseada. Gostaria de escrever assim, não era? Mas não é para todos, desculpe lá. Já agora, podia ter dito quem fez o prefácio. O que é que tem contra a senhora D. Odete Santos?
ReplyDeleteAproveito para esclarecer uma atoarda que anda por aí, de que o meu nome é Zenha e não Azenha. Ora bem, não é verdade! Sou Azenha, dos Azenhas de Azenha da Rebimba, em Sabadão, perto de Ponte de Lima, onde ainda sou parente do antigo Senhor Presidente da Câmara, o Senhor Campelo, que me manda sempre um queijo para Pont de Sèvres, pelos Natais. E nas Feiras Novas, já por lá encontrei o Dr. Portas, que, sendo quem é, não esquece nunca a lavoura. Um dia, Senhor Alcipe, ainda o convido para o fogo preso que fazemos em Azenha da Rebimba, nas festas de Santa Comba.
Ronaldo Azenha de Noisiel (Pont de Sèvres)
A Alcipe
ReplyDeletePoemeta
Da forca do povo
À força do povo
Matemos o polvo
Que é a regra do jogo
Ninguém no terreiro
Ninguém em Janeiro
Ninguém é guerreiro
Na morte em bueiro
E depois o dia
E depois talvez
A luta fazia
de conta, essa vez
Ronaldo Azenha de Noisiel (Pont de Sèvres)
Neste poema Ronaldo Azenha defronta com grande mestria a "angústia de influência" (Bloom) da poesia brasileira sobre nós. Poema a estudar com atenção.
ReplyDeleteVoilà! Vejo que começa a compreender-me. Ainda lá chegará, caro Doutor.
ReplyDeleteRespeitosamente
Ronaldo Azenha de Noisiel (Pont de Sèvres)