Procuras um país no teu país
que não existe e não existiu nunca.
O rosto com que fita o teu país
é uma face feita rocha adunca
a tirar-nos da terra, não esqueças:
" o meu país é o que o mar não quis";
e vê a aridez, que pede meças
à meseta deserta de Madrid!
Pois da Europa assim fomos dizendo:
" o rosto com que fita é Portugal".
Mas o mar, por temível e tremendo,
era mesmo assim o nosso igual.
Agora fita a Boca do Inferno,
vem meditar no Portugal moderno!
que não existe e não existiu nunca.
O rosto com que fita o teu país
é uma face feita rocha adunca
a tirar-nos da terra, não esqueças:
" o meu país é o que o mar não quis";
e vê a aridez, que pede meças
à meseta deserta de Madrid!
Pois da Europa assim fomos dizendo:
" o rosto com que fita é Portugal".
Mas o mar, por temível e tremendo,
era mesmo assim o nosso igual.
Agora fita a Boca do Inferno,
vem meditar no Portugal moderno!
pois, e portugal poderá ser pequeno e ter a oeste o mar e a espanha a leste, mas o portugal futuro será um país onde outras coisas serão possíveis, pois assim pensava o homem de palavras que se preocupava com o problema da habitação mas que tambem descobriu que portugal rimava com nepal e sem duvida que a homenagem é boa e simpatica, a meseta de madrid tambem está bem ser evocada, esse verso está bem, afinal dum lado o mar do outro a espanha, bem dizia ele, etc etc
ReplyDeleteBelíssimo.
ReplyDeleteA seguir, fita o Sol da nossa simpatia
ReplyDeletedescobrindo um Portugal de Poesia...