Chamam-lhe o dia de reflexão,
como se todos fôssemos movidos e não motores,
consequências e não causas,
personagens dos corredores da "Metropolis" de Fritz Lang,
a alienação quando na cidade passava
e era inverno.
Nós reflectimos cada dia,
mesmo que não reparem,
ou que só reparem se fizermos muito barulho,
o que prejudica sem dúvida a reflexão.
A reflexão é a música que cresce na nossa decisão,
mas que se perde na cacofonia dos possíveis.
A reflexão é o braço estendido a apontar para ti
e a resposta que para sempre esperarás de mim.
Não precisamos hoje de reflectir: precisamos
de erguer a voz, mesmo que incerta,
para sermos ouvidos.
Precisamos
de "uma pequena luz bruxuleante",
precisamos de uma música que virá.
(Lendas da Índia, Dom Quixote, Lisboa, 2011, p. 81; a citação é de Jorge de Sena)
como se todos fôssemos movidos e não motores,
consequências e não causas,
personagens dos corredores da "Metropolis" de Fritz Lang,
a alienação quando na cidade passava
e era inverno.
Nós reflectimos cada dia,
mesmo que não reparem,
ou que só reparem se fizermos muito barulho,
o que prejudica sem dúvida a reflexão.
A reflexão é a música que cresce na nossa decisão,
mas que se perde na cacofonia dos possíveis.
A reflexão é o braço estendido a apontar para ti
e a resposta que para sempre esperarás de mim.
Não precisamos hoje de reflectir: precisamos
de erguer a voz, mesmo que incerta,
para sermos ouvidos.
Precisamos
de "uma pequena luz bruxuleante",
precisamos de uma música que virá.
(Lendas da Índia, Dom Quixote, Lisboa, 2011, p. 81; a citação é de Jorge de Sena)
é curiuoso mas reflexão pode tambem ser um ricochete, bater num sitio e voltar ao sitio de origem, a luz, a imagem, o ruido, e na verdade tanta reflexão nossa é afinal contra nós, melhor pouco reflectir, sim, hoje não vou reflectir, a luz bruxuleante virá de qualquer modo ou estará na ponta da esferografica responsavel pela +zinha ou, como se diz noutro sítio, hoje é o dia da imprensa mais estupida, não compremos pois os jornais, etc etc
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