A MISERICÓRDIA DOS MERCADOS
Nós vivemos da misericórdia dos mercados.
Não
fazemos falta.
O
capital regula-se a si próprio e as leis
são
meras consequências lógicas dessa regulação,
tão
sublime que alguns vêem nela o dedo de Deus.
Enganam-se.
Os
mercados são simultaneamente o criador e a própria criação.
Nós é
que não fazemos falta.
Com o meu reconhecimento à editora Assírio e Alvim
ReplyDeletemisericordia tem varios sentidos, depende da maneira como é executada, distribuida, o tiro de misericordia ou a santa casa da misericordia, a sopa dos pobres ou a liquidação do pobre, os mercados até se regulam, mas aparecem os reguladores, teorias egoistas escolares têm alguns, avidez por dinheiro muitos deles, sim, vivemos das misericordias que os reguladores aceitam como um aspecto marginal embora necessario, não, não fazemos quase falta, uns tantos apenas dependendo das circunstancias e necessidades de mão de obra do momento, pois espero o livro, quero saber mais do que lá se diz, titulo terrivel, ou pouco tranquilizante, a inauguração dentro de quase 2 meses, as correcções já estarão feitas, o produto final a ser embalado, a poesia não quer grandes capas, com desenhos, arte, fotografias, não, apenas composição de capas e páginas, é assim, uma capa que funcionava era a da poesia e verdade, atica, o cavalo se bem me lembro, almada negreiros, ou a espiral de fio da outra, escada desenhou, mas era uma marca, igual para todos, não interessa, espero, esperamos, esperemos o lançamento, inauguração, saida, distribuição, e tentemos entretanto os nossos pequenos e caseiros truques para sobreviver dentro dos mercados, misericordia não quero mas quem sou eu?
ReplyDeletee já agora, etc etc
Alcipe, meu caro
ReplyDeleteDiscordo. Sem nós, jamais haveria mercados. E, um dia, eles vão tomar consciência disso. Quando tiverem consciência...
Sim, cara Helena, por isso lutemos. Mas que à esquerda, à direita e ao centro se perceba que não é boa ideia deixar os mercados regularem-se a si próprios. Será pedir demais? Será desqualificado?
ReplyDeletePois é, Patrício Banco, mas o Dr. Paulo Teixeira Pinto comprou os cavalos e o Escada morreu, deixe lá os poetas porem bonecos nas capas, que daí não vem mal ao mundo.
ReplyDeleteInconveniente sempre, a 'velha senhora' cita o Zeca Afonso:
ReplyDeleteQuando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta
O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta
"Será pedir demais?"
ReplyDeleteÉ. É mesmo pedir muito, porque essa coisa, agora diabolizada, dos mercado não é mais do que pessoas a interagirem directamente umas com as outras, sem intermediários. Quem defende a desregulamentação dos mercados, no fim de contas a manutenção do seu status natural, está a dizer, no fim de contas, que as pessoas são capazes de se entender melhor na composição dos seus interesses, sem necessidade de intermediários. É que estes, se reparar, os tais agentes que vão criar as normas reguladoras dos mercados e que depois os vão fiscalizar, são pessoas como as outras, também dotadas de interesses próprios a cumprir e, para além do mais, capazes de errar. Mas com uma diferença, que não é de somenos importância: dispõem de soberania, de ius imperii, pelo que podem satisfazer os seus interesses, à custa alheia, sem precisarem de se submeter à igualdade de posições a que o mercado livre obriga, no qual só são feitas as transações que as pessoas nelas envolvidas aceitam fazer.
No dia em que todos percebermos que os "mercados" somos nós e que a história da humanidade é a da resistência à ingerência do poder público na vida das pessoas, tudo ficará mais fácil... Até lá, anda tudo entretido a caçar fantasmas.
Cumprimentos,
"Será pedir demais?"
ReplyDeleteÉ. É mesmo pedir muito, porque essa coisa, agora diabolizada, dos mercado não é mais do que pessoas a interagirem directamente umas com as outras, sem intermediários. Quem defende a desregulamentação dos mercados, no fim de contas a manutenção do seu status natural, está a dizer, no fim de contas, que as pessoas são capazes de se entender melhor na composição dos seus interesses, sem necessidade de intermediários. É que estes, se reparar, os tais agentes que vão criar as normas reguladoras dos mercados e que depois os vão fiscalizar, são pessoas como as outras, também dotadas de interesses próprios a cumprir e, para além do mais, capazes de errar. Mas com uma diferença, que não é de somenos importância: dispõem de soberania, de ius imperii, pelo que podem satisfazer os seus interesses, à custa alheia, sem precisarem de se submeter à igualdade de posições a que o mercado livre obriga, no qual só são feitas as transações que as pessoas nelas envolvidas aceitam fazer.
No dia em que todos percebermos que os "mercados" somos nós e que a história da humanidade é a da resistência à ingerência do poder público na vida das pessoas, tudo ficará mais fácil... Até lá, anda tudo entretido a caçar fantasmas.
Cumprimentos,
Muito obrigado pelo seu comentário, rui a, mas eu nunca consegui acreditar na "mão invisível"...
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