Qualquer poema abre um círculo
à sua volta.
Podemos ser-lhe indiferentes:
estamos então para além do círculo.
Ou pode o poema, de algum modo
(até por irritação),
chamar por nós.
Neste caso, enredamo-nos no círculo:
saltar ou não?
Passar para dentro do poema,
ficar de lado
ou entrar nesse lugar feito de coisa nenhuma
de onde vêm todos os poemas?
Sem hesitação. Saltar para dentro do poema.
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