Voltar à poesia, esse caminho estreito
entre a solidão e a vida,
esse jardim onde as flores
crescem para dentro de si próprias,
esse destino sem lugar no mapa.
Voltar à poesia, porque mais nada
cresceu entretanto,
nem palavras nem coisas.
Adivinhávamos promessas no terror dos tempos
e continuámos a andar como se houvesse caminho.
Voltar à poesia, a esta distância sem rumo nem projecto,
voltar à poesia para estar mais longe
do que sou.
entre a solidão e a vida,
esse jardim onde as flores
crescem para dentro de si próprias,
esse destino sem lugar no mapa.
Voltar à poesia, porque mais nada
cresceu entretanto,
nem palavras nem coisas.
Adivinhávamos promessas no terror dos tempos
e continuámos a andar como se houvesse caminho.
Voltar à poesia, a esta distância sem rumo nem projecto,
voltar à poesia para estar mais longe
do que sou.
é isso, bonito poema, refugiemo-nos com boa frequencia na poesia
ReplyDeleteOu voltar à poesia para estar mais perto do que sou... apesar de nem as palavras nem as coisas terem entretanto crescido.
ReplyDeleteApaixonada pela poesia, a velha senhora, sempre impertinente, leu e disse (ah sim, notava-se o Alvarinho na sua voz ao telefone!):
ReplyDeletequem poeta for poete
o futuro faça ser
não espere acontecer
isso sim que lhe compete
'poieo' em grego é fazer
praqui velha a me esmorrer
rimalhando rimalhete
rimalhete e não ralhete
o que mais me dá prazer
é que ainda não me é frete
o beber olhar e ler
- mas melhor era f....
Sendo que do regresso às origens a nostalgia na rutura dos sonhos é pungente e em cada regresso, fuga, pelos caminhos da rendição,sente-se a dor da alma em cada poema nascido...
ReplyDeleteMesmo as setas de cupido levam a culpa do sonho traido...
Ora aqui esta uma boa decisão :-)
ReplyDeleteVoltar sabendo
ReplyDeleteque estará sempre à nossa espera
como um amigo do peito
como um abraço de pai
como um colinho de mãe
se ainda existe...
ou então
voltar às cegas
desajeitado
desencantado
desamparado
para um amor que resiste
Oh cara velha Amiga espero que não seja um f... indicador de fenecer, a não ser nos braços da alma de alguém que aprecie Alvarinho...
ReplyDeleteCara Isabel Seixas, a nossa velha amiga agradece o cuidado e explica-se...:
ReplyDeleteo 'fenecer'
até rimava
mas uma sí-
laba sobrava
melhor 'f....':
não sobra nada
e dá comi-
go consolada
alvoraçada
alvarinhada
fenecer
já a f....
ou pós-f....
não me importava
até gostava
a amar findava