— É tão belo como a soca
que o canavial multiplica.
— Belo porque é uma porta
abrindo-se em mais saídas.
— Belo como a última onda
que o fim do mar sempre adia.
— É tão belo como as ondas
em sua adiçăo infinita.
— Belo porque tem do novo
a surpresa e a alegria.
— Belo como a coisa nova
na prateleira até então vazia.
— Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
— Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.
— E belo porque com o novo
todo o velho contagia.
— Belo porque corrompe
com sangue novo a anemia.
— Infecciona a miséria
com vida nova e sadia.
— Com oásis, o deserto,
com ventos, a calmaria.
(João Cabral de Melo Neto)
Cher Tim Tim,
ReplyDeleteTrès beau poème pour annoncer l’arrivée du nouveau membre de la famille!
Félicitations aux parents et aux grands-parents!
Apenas tio-avô, querida Helena (por enquanto). Mas o Pedrinho é o primeiro da geração dos meus (futuros) netos.
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