Saturday, December 3, 2011

Coliseu, 2 de dezembro de 2011


A festa é do fado e de Lisboa
e o nosso coração esquece mágoas
na lucidez sem paz em que ressoa
o quanto o tempo escorre em turvas águas.

Que sempre o nosso riso teve mágoa
a turvar de vazio o que é contente
e sempre o sol morreu desfeito em água
a apontar para nós o que é ausente.

A festa é do fado e de Lisboa
mas a pura alegria de repente
perdeu rimas e tons e se não voa
é porque olhou mais longe que o presente.

Dou-te a festa e o riso que mais dura
mas nunca o nosso mal irá ter cura.

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