"Seria necessária uma malícia sublime, uma suprema malícia do conhecimento, consciente de si própria, que é parte integrante da grande saúde; seria necessária - para dizer em poucas palavras e de forma terrível - precisamente essa grande saúde! E será que ela ainda é possível?"
(Nietzsche, Para a Genealogia da Moral, II, 24)
Para Eduardo Lourenço, que sempre manteve, no meio de nós, a saúde da sua inteligência e a malícia do seu saber.
Diz bem: "no meio de nós". Ou seja de vós, aí em França.
ReplyDeleteVivesse ele sempre aqui e eu não estaria tão segura da excelência da saúde e malícia do saber de Eduardo Lourenço...
Cara Helena, eu queria dizer justamente "no meio de nós, portugueses". Julgo que a saúde intelectual de Eduardo Lourenço não decorre exactamente do lugar onde ele vive. E acho que se pode ainda manter a saúde do espírito e o riso que diz sim à vida na nossa terra - não é a Helena um bom exemplo disso?
ReplyDeleteSim, meu caro Alcipe. Mas sou pó, comparada a Eduardo Lourenço.
ReplyDeleteDe comum temos um amor profundo à terra onde nascemos.
Nunca, como hoje, eu sinto que ser português é algo que se não explica. No meu caso corre nas minhas veias, está marcado no meu ADN, faz parte da minha alma.
Mas pergunto-me, muitas vezes, se para se sentir isto e ter a saúde mental que tenho, não terá sido preciso sair e viver fora, como a mim me aconteceu.
Entende-me?
Também é verdade que nunca senti tanto que era português como desde que vivo no estrangeiro. Entendo, entendo muito bem.
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