O surgimento de uma sociedade internacional em que os Estados (ou as uniões de Estados) constituem apenas uma categoria de sujeitos ou agentes entre os demais (empresas multinacionais, bancos, mafias), num mundo em que se abrem cada vez mais "zonas de ungovernance", foi aventada por Susan Strange, antes da actual crise, em que os Estados têm vindo a revelar, um a um, a sua impotência.
(Cf. Susan Strange, The Retreat of the State. The Diffusion of Power in World Economy, Cambridge University Press, 1996)
Parece-me, assim, uma perspectiva inactual, por demasiado "westphaliana", falar de uma irresistível "vontade de poder" alemã, que estaria na base das opções da Sra. Merkel. A Alemanha está a ser tão arrastada pelos "sujeitos não estatais" como todos os outros. Está é a responder a situações novas com ideias velhas. Como todos os outros. Como todos nós.
(Cf. Susan Strange, The Retreat of the State. The Diffusion of Power in World Economy, Cambridge University Press, 1996)
Parece-me, assim, uma perspectiva inactual, por demasiado "westphaliana", falar de uma irresistível "vontade de poder" alemã, que estaria na base das opções da Sra. Merkel. A Alemanha está a ser tão arrastada pelos "sujeitos não estatais" como todos os outros. Está é a responder a situações novas com ideias velhas. Como todos os outros. Como todos nós.
Pensando bem, é muito capaz de ter razão, meu caro Alcipe.
ReplyDeleteMas porque é que isso acontece, é que é o cerne da questão.
Para além de ser inegável a tendência hegemónica inscrita no ADN da Alemanha. O que não é o mesmo que dizer, dos alemães. Essa é outra "estória"...