Voltemos a pensar a Índia, a partir de a viver.
Os europeus ante a Índia oscilam entre o fascínio e o esquecimento. Considerada ora como uma fonte de sabedoria, ora como um manancial de charlatanismo, o pensamento indiano foi ganhando contornos tanto míticos como mistificadores para a chamada consciência ocidental.
A seguir veio a promoção da imagem do novo gigante emergente, pronto para arrumar as nossas ineptas idealizações do Estado Social (Bismarck não chegou a conhecer Hayek e o próprio Adam Smith tinha umas ideias morais extravagantes!). A vida num slum de Bombaim conviria perfeitamente aos nossos trabalhadores. Mas a constatação do dinheiro que este gigante gasta a impedir os camponeses de morrerem de fome e a sustentar os luxos e consumos dos funcionários públicos, os mais inúteis e perniciosos dos seres, logo virou os entusiasmos liberais de novo para a grande e democrática China, terra das mais amplas liberdades...
E assim voltámos ao tio Mao, que já nem temos o Simon Leys para dizer que o rei vai nu!
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment