Penso nos que não têm verdadeira pátria:
nos que assumiram esse risco na beira das suas vidas
e por isso foram fuzilados, estripados ou gazeados;
e penso nos que fazem dessa ambiguidade o seu negócio,
ou lisonjeando as suas diversas pátrias
ou insultando-as a todas, para nosso absorto desvelo!
Penso nos que não têm verdadeira pátria:
nos que arriscaram a vida e foram carne para canhão,
alvo de fogueiras e campos de concentração;
e penso nos que fizeram desse estado o seu modo de vida,
com raiva e ressabiamento avulsos
para nos cobrar.
Penso nos que lutaram como homens
e penso nos que rabiaram como bebés.
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Evoé, Poeta.
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