«Numa alma discreta de burguês, não há lugar para esses grandes sopros patrióticos que atravessam as almas dos trovadores, largas e profundas como o mar. Em nós outros, não é por gorjeios de rouxinol parlamentar, por apóstrofes balbuciadas aos pés das Molucas, por soluços dum peito sufocado de êxtase, por serenadas e endechas, que se traduz o amor ao país; é por emoções pequeninas, triviais e caseiras, que pouca relação têm com a estrondosa tomada de Ormuz; emoções de burguês que vive no estrangeiro, ao canto solitário do seu lume (...)"
(Eça de Queirós, "Brasil e Portugal", artigo publicado em resposta a Pinheiro Chagas)
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