A subida do valor do salário mínimo mensal é uma tendência que começa a verificar-se nas principais regiões económicas da China, país que é conhecido pelos baixos custos de mão-de obra. Catorze províncias e regiões autónomas já subiram, em média, os ordenados em cerca de dez por cento desde o início deste ano, e diversas outras irão seguir o mesmo caminho no meio de uma conjuntura de greves de trabalhadores, como o caso da Honda, que exigem melhores condições salariais. Em Pequim, por exemplo, os ordenados deverão subir de 800 yuan para 960 yuan no próximo mês.
Cai Fang, director do Instituto da População e da Economia do Trabalho na Academia de Ciências Sociais, afirmou ao China Daily que os custos laborais irão continuar a subir. Wang Min, director do instituto de segurança social e recursos humanos de Shenzhen, disse que o governo pretende que as empresas apostem mais em tecnologias e que, se estas não conseguirem "adaptar-se ao desenvolvimento da cidade, terão de ir para outro local".
À medida que os custos laborais das regiões forem aumentando, há a hipótese de as empresas deslocalizarem algumas das suas fábricas para outros territórios, de modo a manter os baixos custos de produção.
Para Li Xiaogang, director do Centro de Investigação de Investimento Estrangeiro da Academia de Ciências Sociais de Xangai, "na teoria, a subida dos salários poderá fazer com que haja um movimento de deslocalização" da China para outros países vizinhos, como o Vietname, onde os custos de mão-de-obra são mais baratos
(do PÚBLICO de sábado)
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