Sunday, February 2, 2014

Um poema espanhol de Vasco Graça Moura

prado : la danaé de ticiano

la luz en los museos no me gusta:
hay que buscar el punto más neutral
para el mirar el cuadro, desde el cual
brilla otra luz, más interior, más justa.

pero en el prado esta mañana he visto
la claridad vibrante del comienzo
del mundo que inundaba ahora un lienzo,
cambiando en lluvia de oro, hambriento y listo,

al diós que así buscó nuevo disfraz
para acercarse al lecho en medio a sedas
y a dánae exaltada, hecho monedas
de eternidad metálica y fugaz,

bajo la luz que en los museos me irrita
y aquí se hace placer cuando palpita.

24.11.98


2 comments:

  1. foi ao prado de manhã e a luz estava perfeita para o quadro, não o irritou a luz dessa manhã e pelos vistos encontrou o ponto matematico ou geometrico, neutral chama lhe, e viu a luz dourada, o reflexo do ouro, foi uma tecnica de sedução, orientar as moedas para ganharem essa luz, ou seriam flocos de ouro, o ouro ou dinheiro corrompe, é parte de muitas seduções tambem, pois essa luz matutina que permitiu ver bem a luz dourada do quadro aconteceu a vasco graça moura, o ponto de observação tambem o encontrou, neutral lhe chama, confortavel sem duvida o leito de danae, era o momento ideal para a ofuscar com a luz dourada, vasco graça moura não perdeu nessa manhã o seu tempo, etc etc

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  2. Poema lindíssimo. Como, aliás, toda poesia de Graça Moura.
    Temos grandes, enormes poetas e é uma lástima que o ensino não privilegie esta forma literária para a qual só se desperta, por norma, muito tarde.

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