A palavra é metade de quem fala, metade de quem ouve (Montaigne)
Metade do que escrevo é desse leitor oculto,
esquivo e trocista, que olha para si mesmo no verso
como um espelho convexo
e me interpela sem voz,
num riso mudo.
Metade do que escrevo é desse leitor oculto,
esquivo e trocista, que olha para si mesmo no verso
como um espelho convexo
e me interpela sem voz,
num riso mudo.
Meu caro Alcipe, quanta verdade nestas suas poéticas palavras...
ReplyDeleteE a outra metade?
ReplyDeleteParece que a poesia ressuscita a 'velha senhora' e as suas rimalhices:
ReplyDeleteoculta e esquiva eu troço sem certeza
ao ler de fora quanto poetais
mas entro amor quando escreveis beleza
metade faço meu - metade ou mais
Esta Velha Senhora quando se aprimora...
ReplyDeleteuma glosa de montaigne, a partilha, mais do que da pintura, claro que o leitor gosta que lhe digam que tem 50% dos resultados, envaidece se com a atribuição, chega aliás a pensar que vai mais longe ou fundo na percepção do poema que o poeta, pois assim anda o mundo dessa sociedade, etc
ReplyDeletePois que um belo poema é um estimulo para o regresso da velha senhora , de quem senti muita falta até como comentadora das autárquicas...
ReplyDelete