O mar Mediterrâneo nunca foi o nosso mar.
Mediterrânicos de tez ou de tom,
nunca deixamos de ter na pele
este ar ácido do Atlântico,
que sempre nos leva para longe de nós próprios
e dos nossos próprios mares.
Tenho pensado nisso desde que vim de Marselha
e das suas ruas cruzadas de povos
vindos de todo este antigo lago mediterrânico,
que tornamos em cemitério quando foi mare nostrum
e teatro de batalhas em Lepanto,
antes deste hipócrita deixar morrer
ao largo de Lampedusa.
Isto não é um poema? Pois não.
Talvez seja o cachimbo de Magritte
embrulhado num jornal de hoje.
Mediterrânicos de tez ou de tom,
nunca deixamos de ter na pele
este ar ácido do Atlântico,
que sempre nos leva para longe de nós próprios
e dos nossos próprios mares.
Tenho pensado nisso desde que vim de Marselha
e das suas ruas cruzadas de povos
vindos de todo este antigo lago mediterrânico,
que tornamos em cemitério quando foi mare nostrum
e teatro de batalhas em Lepanto,
antes deste hipócrita deixar morrer
ao largo de Lampedusa.
Isto não é um poema? Pois não.
Talvez seja o cachimbo de Magritte
embrulhado num jornal de hoje.
histoire de la méditerranée, jean carpentier
ReplyDeleteora aí está a verdade certa, o mediterraneo é de outros, não é o nosso mar, aliás nem sabíamos navegar nesse mar, o atlantico sim somos nós, o brasil e o adamastor ao fundo, o mediterraneo serviu a outros para cá virem, o mediterraneo é da odisseia, os nossos mares são dos lusiadas, mas no mediterraneo há historia, troia, cartago, roma, atenas, constantinopla, cruzados, califas, fugitivos de africa que são os novos ulissas, mas no atlantico há misterios e muito por descobrir, afinal a comida atlantica talvez ainda seja mais sã que a mediterranea, etc etc
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