Anoitece a alguns a breve vida,
a outros se desfaz na praça pública.
A nossa geração, sim, foi à guerra:
mas ganhá-la foi tê-la por perdida...
Fizemos na verdade o que devíamos?
Sem memória deixámos quem ficou.
Tudo que nos fizeram merecíamos?
Nem aos vindouros sorte bafejou.
Guardas vermelhos na idade ingrata
agora a dizer missa nos jornais...
A História se repete numa farsa,
já que livros vermelhos há demais!
Eu direi sempre que valeu a pena,
mas a alma a pagar juros é pequena.
a outros se desfaz na praça pública.
A nossa geração, sim, foi à guerra:
mas ganhá-la foi tê-la por perdida...
Fizemos na verdade o que devíamos?
Sem memória deixámos quem ficou.
Tudo que nos fizeram merecíamos?
Nem aos vindouros sorte bafejou.
Guardas vermelhos na idade ingrata
agora a dizer missa nos jornais...
A História se repete numa farsa,
já que livros vermelhos há demais!
Eu direi sempre que valeu a pena,
mas a alma a pagar juros é pequena.
Pede a 'velha senhora' licença para dizer que gosta muito mais, no fundo e na forma, desta versão do final do soneto do que da anteriormente avançada (com o Hayek em Viena e a não sei quê dos bancos que não era pequena… ).
ReplyDeleteE pergunta se, entretanto, terá aqui cabimento uma espécie de sonetilho com título-mote inicial e asterístico-quadra final - enfim, rimalhices (a)variadas - de escárnio e maldizer sobre:
esse gerente que é geronte o infeliz
da geração que tão mal gere hoje o país
'antes celta do que grego'
opta o tal paulo portão
assim escolhe um labrego
a sua civilização
a sua que a minha não
a celtas pouco me achego
que nem sei bem o que são
da grécia vem o insossego
que nos fez como nação
e algum latim que em galego
em português se fundiu
da grécia vêm afinal
olhos gregos que alguém viu
no rosto de portugal*
*
e o país deve assumir
olhos gregos que pessoa
lhe foi - génio - descobrir
pessoa nos abençoa
Velha Senhora querida,
ReplyDeleteminha oficina e aberta
nao posso emendar a vida,
as vezes o verso acerta...
Não a posso censurar
ReplyDeleteapós me ver em roupão
a meus versos emendar:
deixo passar o portão!
(a Helena vai perdoar...)
A si, que é amigo do Pai Portão e me estima, tudo lhe é consentido e sempre com o meu sorriso terno. À velha Senhora deixo-lhe o labrego e o grego para uso pessoal...
ReplyDeletevelho bom pessoa que tambem é responsavel pelo soneto, sim, alma pequena, há por aí algumas, e já agora, quem reza o terço nos jornais já se sabe que não o reza em casa, etc etc
ReplyDeleteCara HSC
ReplyDeleteA 'velha senhora' desculpa-se e propõe nova redaçao para o terceiro verso do seu sonetilho:
ó minha querida helena,
não viso nunca ofendê-la,
tenho é visão tão pequena
que não vejo escapadela
em questões de rimalhice.
poucas rimas sei com 'grego'
que não metam sacanice:
'patego', '(p)rego', 'morcego'!
'cego' dava! que azelhice!*
"labrego e grego" pra meu
uso próprio e pessoal?
e o acordo gramatical?
velhA fêmea me quero eu!
brinco só - não leve a mal!
*
o 'cego' que agora pego
talvez resolva o problema
"assim escolhe, de cego,"
fica o verso do poema.
melhor assim, cara helena,
pró seu e doutras mães filhos?
eu cá não quero sarilhos!
a vida é curta, que pena!
Ó Velha Senhora julgais mesmo que me ofenderia convosco? Então não me reconheceis o grande sentido do humor? Sabei que vos encontro graça, Senhora.
ReplyDeleteMas se com labrego e grego não ficais, o cego vos não aconselho. Seria demais, até para os filhos de outras mães. Não achais?
Cara HSC
ReplyDeleteA 'velha senhora', se lhe dão corda, não se cala:
cegos são minha querida
ou de cegos fingem bem.
não veem? lixam a vida
tão curta que a gente tem.
desculpai-me, que sois mãe!
Mãe lixada também. De reformada não sou excepção. Mas que quereis? Os cegos, esses, nunca são filhos de Pai. Só de mãe...
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