MontanhaSons sob a luz. Mosteiros,
torres sobrenaturais,
vibrando fluidamente no ar;
como? se o fluxo de mica,
os altos blocos de água,
cintilam sem rumor.
Toda esta arquitectura,
lenta percussão, perpassa;
sobre cerros sonoros;
com o seu contorno
infixo, fulgurando. Detenham-se
as estrelas quando
for noite; preguem-se
outros pregos de prata
fora do céu visível.
Sons já sem luz. Pastores
poisam as ocarinas, bebem;
entre colinas ocas;
o frio coalhado
pelas tetas das cabras.
Carlos de Oliveira, in 'Pastoral'
Por uma qualquer estúpida razão Carlos de Oliveira não me emociona!
ReplyDeleteNascer do sol neste terraço de Odeceixe.
ReplyDeleteQue saudade de Odeceixe onde fui tão feliz e não sabia!
ReplyDeleteTodo o poeta merece...
ReplyDeleteum alpendre
onde o nascer,
do sol desvanece
o sono da inspiração
só,só se rende
á fasquia de viver
a poesia que se esquece,
só,até à inanição...