Esperanças de um maior contentamento
por uma areia fina deslizaram
e fez-se em cinza fria o sentimento
e em breve nossos passos se enredaram
na dúvida de ser de outra maneira
o que por uma vez escrito ficara:
medo de despertar à tua beira
e ver logo desfeita nossa amarra.
Num barco sem timão e sem sentido
meu olhos se perdiam de mais ver
o teu corpo já meio adormecido
e a nossa despedida por viver.
Cedo de mais se faz a despedida
quando se dá a esperança por rendida.
por uma areia fina deslizaram
e fez-se em cinza fria o sentimento
e em breve nossos passos se enredaram
na dúvida de ser de outra maneira
o que por uma vez escrito ficara:
medo de despertar à tua beira
e ver logo desfeita nossa amarra.
Num barco sem timão e sem sentido
meu olhos se perdiam de mais ver
o teu corpo já meio adormecido
e a nossa despedida por viver.
Cedo de mais se faz a despedida
quando se dá a esperança por rendida.
Este poema tocou-me particularmente, talvez porque perda e esperança tenham sido sempre os caminhos que me foram dados percorrer sem, contudo, os escolher.
ReplyDeleteMas percorrê-los sem desfalecer ou me amargurar, isso, sim, foi escolha minha...
Que bonito , o soneto.(Ainda estou a digerir)
ReplyDeleteQue boa escolha a da nossa amiga "Helena",não deixar cair os braços.
algo me lembra vinicius:
ReplyDeletee fez-se em cinza fria o sentimento / Cedo de mais se faz a despedida.
com isto não estou a reduzir mas a valorizar este soneto de que gostei por ele mesmo e por me ter lembrado um outro poeta de que gosto: de repente da calma fez-se o vento /
e da paixão fez-se o pressentimento, etc
soneto de esperança ou de desesperança?