Onde encontrar o canto do abutre,
a apologia da rapina, o imemorial
saque dos bens da terra?
Em todo o lugar, é certo, em todo o tempo;
e cada poema
escrito em face de ruínas
se faz depois ao mar, como Ulisses após Tróia,
a buscar Ítaca além dos mares
e do sangue
derramado.
a apologia da rapina, o imemorial
saque dos bens da terra?
Em todo o lugar, é certo, em todo o tempo;
e cada poema
escrito em face de ruínas
se faz depois ao mar, como Ulisses após Tróia,
a buscar Ítaca além dos mares
e do sangue
derramado.
Que bonito, se a habilidade de fazer diagnósticos de necessidades de poesia não me falha, este poema já faz parte do eco da posteridade...
ReplyDeleteQue enigmáticos e iluminados são os Seus neurónios.
preferia grito, canto é demasiado suave.
ReplyDeleteÀ velha senhora, desde que consegue abrir e ler a net (com letras enormes, que está cada vez mais pitosga, coitada), cresceu-lhe o desânimo (bem, um pouco, às vezes) e a impertinência (muita e sempre, heróica e patética):
ReplyDeleteno meu país comum 'de abutres infestado'
alcipe roubou-me um que branco quer gritado
'bonito' diz rediz minha amiga isabel
prá grécia eu vou feliz fugir deste bordel
ulisses - e um dia eu - voltou lá pra expulsar
da casa onde nasceu quem a estava a ocupar
Heróica e patética!?...
ReplyDeleteNão, não... Ou,ou.
Opto pela heroica...
Agora cara velha amiga permita-me que lhe diga obscuros são os pseudolares dos sonsos em camuflagem, atualmente os bordeis estão licenciados e sabe-se a sua finalidade do ponto de vista fisiológico e psicológico já não são lugares de perdição,esses já são outros, de modo que não fuja apenas desvie-se