Sunday, May 20, 2012

Em tempo

Dizer uma vez mais da primavera
seus gestos sem perdão e sem quimera;

não mais deixar nenhum papel em branco,
nenhum gesto desfeito sobre o banco

de jardim que foi feito dos amores
pintados de maus versos, furta-cores.

Dizer-te da longínqua primavera,
despedir-me do tempo que não espera.



2 comments:

  1. Mas também;
    da gratidão da tua dádiva
    da tua serena calidez
    do teu sorriso raio de sol

    que tira medos
    de frio
    e escuridão

    aliás,teus maiores segredos
    regressam cada ano
    vindos de solidão
    em cada Inverno

    ó guerreira do vazio
    que sem vintém,
    mas mãe do aconchego à lágrima
    me fazes escrava

    desejando-te com a avidez
    do naufrago pelo farol

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