Friday, May 4, 2012

O amor é uma despedida

Nada é plácido neste outono da vida:
entre rugas e livros erguemos os olhos
e os nossos próprios rostos são surpresa
e destino.

6 comments:

  1. E o espelho tim tim... e o espelho?

    cruel
    cruel de mais ao acordar
    como se o tempo
    a meio da noite devagar
    desenhasse sulcos na pele
    traiçoeiro
    enquanto dormes...

    e as despedidas tim tim e as despedidas?
    quando partem companheiros em debandada
    e as nossas contas de cabeça
    meio tontas e confusas
    aferem datas e anos de chegada

    e os desencantos tim tim?
    que já são tantos
    e o receio das notícias de cada manhã
    de cada dia

    também "eles"(como o tempo)
    traiçoeiros
    conspiram de noite
    mais uma ruga
    mais um sulco
    um furto uma ameaça

    e nós
    olhos de espanto e nevoeiro
    tacteando um caminho que não vês
    procurando um carreiro por trilhar
    e duvidando tim tim
    (sim duvidando)
    para onde se encaminha afinal o nosso olhar

    (E os porquês tim tim e os porquês?)

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  2. C'est vrai, Cher Tim Tim, c'est bien vrai.

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  3. É o apego
    ao corpo jovem
    sem outos ideais ou soluções
    até ao espólio do desassossego
    sem corpo, só espírito e emoções
    aí as idades morrem.

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  4. vejo tempo, espaço e acção no texto

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  5. Pois é Sr. Embaixador e Poeta,com todo o respeito, permita-me que aguarde agora o poema que consagra o amor como constante renascimento, como viagem sempre de ida e volta como um despertar na escuridão da noite, como alternativa à lassidez da autocomiseração e como justo reconhecimento das relações fraternas criadas e existentes que se traduzem no amor amizade sem o estorvo do corpo oferecido e escravo só com as alegrias de espírito por fazer parte...

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