Alguns comentários (que não identifico, por respeito ao lugar onde os ouvi e ao anfitrião desse lugar) sobre a morte do João Bénard, além de me irritarem profundamente, por visarem alguém que me foi próximo (embora depois a vida nos tenha afastado), fizeram-me pensar na diferença entre a direita do ressentimento e a direita da modernidade.
Quando a geração do "Independente" veio dividir as águas entre uma direita culturalmente modernizada e os velhos "vencedores do catolicismo", tão bem retratados por Sophia na sua novela "Mónica", esquecemo-nos por algum tempo da outra direita, beata, ultramontana, ressabiada... Até porque a nossa Igreja, na inteligente gestão que faz da sua intervenção pública, nunca põe esse sector na berlinda (ao contrário da Espanha)!
Mas eles aí estão, andam por aí e há quem lhes namore os votos!
Quando ouvimos essa gente, até pensamos que é bom ter uma direita modernaça... Mas em quem votarão eles? E não será a direita moderna que temos a herdeira legítima dessa outra, oriunda do Sr.D. Miguel I?
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