Desconfio sempre de ti, Paris.
A beleza que imprimes nas coisas não é leve, é sinuosa,
tão dura e sinuosa como a vida.
Cidade impiedosa, ensina-me a resistir
à usura das coisas imperfeitas.
Ensina-me a mentir à vida
com o mesmo descaramento que a vida tem
para nos mentir a nós.
Cidade que me desdenhas e me dás a medida certa do meu ser,
como o metro-padrão que guardas num museu,
aliás já ultrapassado pela ciência!
É em ti que afinal me meço e reconheço
e nunca poderei dizer-te "à nous deux Paris!",
porque tu és afinal tão insuperavelmente bela
e sem ilusões
como a vida que nos foi dada.
A beleza que imprimes nas coisas não é leve, é sinuosa,
tão dura e sinuosa como a vida.
Cidade impiedosa, ensina-me a resistir
à usura das coisas imperfeitas.
Ensina-me a mentir à vida
com o mesmo descaramento que a vida tem
para nos mentir a nós.
Cidade que me desdenhas e me dás a medida certa do meu ser,
como o metro-padrão que guardas num museu,
aliás já ultrapassado pela ciência!
É em ti que afinal me meço e reconheço
e nunca poderei dizer-te "à nous deux Paris!",
porque tu és afinal tão insuperavelmente bela
e sem ilusões
como a vida que nos foi dada.
Oh e diz-se então de quem desconfia
ReplyDeletenão ser fiel...
e Paris então cidade vazia...
jamais de luz se vestiria
sem essa paixão agridoce
que a faz brilhar diamante
e jóia sem ser aliança ou anel
Talvez por ser boa amante
e saber ser e estar infiel
ou então por ser inocente
nessa candidez cruel precoce...
Oh, sei lá...
A exemplo da cara Isabel Seixas, acha a chata e impertinente da 'velha senhora' que pode comentar poesia com rimalhices
ReplyDeletese isabel bela verseja,
eu cá ouso rimalhar.
brinco só, não é de inveja
que me vejo a versalhar:
ai paris, o meu paris!
ai o que eu já por lá fiz!
desconfiada? mas de nada:
amar sempre sempre agrada
(pra aquém da curva da estrada -
caeiro o disse e eu o quis:
queria ainda, coitada!)
Sr. Embaixador Poeta Quem melhor que a velha senhora para falar da cidade fatal, hum quem me dera saber o que fez por lá...Basicamente por uma questão cultural só para saber o que Paris pode inspirar, também para aprender, e mais não digo.
ReplyDeleteMinhas queridas amigas, não sou o Henry Miller, mas não creio que o que se faz em Paris seja muito diferente do que se pode fazer em Chaves, no que respeita à alegria dos corpos (que as livrarias, essas, são bastante melhores em Paris!). Enfim, "chacun à son goût"...
ReplyDeleteEsta 'velha senhora' não sabe calar-se:
ReplyDeletede alcipe não escondo nada
concordo amor co'o que diz
eu queria era coitada
voltar porra a ser feliz
não tem que ser em paris