NÃO É PARIS QUE ESTÁ LÁ FORA. É ESTARMOS
a ver coincidir o que de dentro
vem, devagar, encontrá-lo
naquela espécie de desfasamento
que deslumbra. Aparece rodeado
de uma ilimitação feliz de objecto.
Ou, diga-se antes, institui-se um halo.
E o halo afaz-se. Interior e externo,
vai recolhendo o estatuto grato
de novidade a expandir o inédito
país intelectual. Aí, de facto,
a novidade eleva-se a compêndio
de iniciação a esse grande fausto
que recrudesce no conhecimento.
Paris é isto. Lavoura de trabalho
que do pouco de si vai renascendo.
(Fernando Echevarría, Categorias e outras paisagens, Afrontamento, 2013, p.359)
No comments:
Post a Comment