Saturday, March 31, 2012

Every poem is an epitaph

Nestas despedidas que deixo nos poemas, deixem que fale um pouquinho em voz baixa e em prosa no meu amigo Millor Fernandes, a inteligência mais feroz e generosa que conheci, a atenção mais implacável jogada sobre o mundo, ali nesses lugares radiosos do Rio de Janeiro onde só peço a graça de poder um dia voltar. 

4 comments:

  1. Que curioso Alcipe você gostar tanto do Rio de Janeiro. Eu diria o mesmo para S. Paulo.
    A capital foi, para mim, a grande decepção, tanto que esperava dela. E, no entanto, fui lá muito feliz...

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  2. Epitáfio em poema e ou poema eternizado em epitáfio que despedida elegante homenagem distinta evocando a personalização mais pessoalizada os lugares...

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  3. "This Grave contains all that was mortal
    of a Young English Poet
    who on his Death Bed,
    in the Bitterness of his heart,
    at the Malicious Power of his enemies,
    desired these words to be Engraven
    on his Tomb Stone:
    ""Here lies One Whose Name was written in Water.""
    john keats, 1795-1821, no seu túmulo em roma, sem duvida um belissimo epitafio, escrito pelo proprio para ser gravado na sua pedra tumular.
    Aliás, mesmo quando só estão escritos os nomes e os anos da vida, não há epitáfio, e a pessoa nos é desconhecida, as pedras tumulares são sempre evocativas, biografias resumidas que nos tocam.
    de mf podia portanto por-se p ex. "a inteligência mais feroz e generosa (que conheci), a atenção mais implacável jogada sobre o mundo" e as datas da vida.

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  4. Permita-me que concorde (embora não tivesse tido o privilégio de O conhecer)com a ideia de um epitáfio concludente como
    "A inteligência mais feroz e generosa que conheci"
    Acho fascinante , embora Feroz seja passivel de diversidade de conotações,eu interpreto como lutador no sentido de aguerrido, firme , assertivo...Sim?

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