Saturday, August 20, 2011

Para quê poetas em dias de chuva?

A praia à chuva
colhe toda a ironia da natureza
sobre os homens.

E leio:
"Obrigado por procurarem a eternidade da raça.
Mas a poesia, mes chers, não salva, não brilha, só caça."

Mísera sorte
a de um poeta à chuva!


(citação de Golgona Anghel, "Vim porque me pagavam", Mariposa Azual, Lisboa, 2011)


8 comments:

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  2. "PARA QUÊ POETAS EM DIAS DE CHUVA???"

    Onde vês apenas água
    às vezes fora de tempo
    só o POETA adivinha...

    uma gota é uma lágrima
    uma nuvem ilusão
    uma brisa é um afago
    tempestade...turbilhão
    e o brilho do Sol
    filtrado
    numa calçada molhada
    é um sorriso
    a nascer
    antes de ser gargalhada

    quando tu dizes o óbvio
    ele diz as palavras certas
    não queiras viver sem chuva
    sem o sol
    sem os poetas...

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  3. De facto, ó poeta, se estás por aí a apanhar chuva (e intrigas do MNE) na moleirinha porque não regressas a Paris (entra por Pont de Sèvres), onde a Foch tem sóis de fazer brilhar as pratas do Mata (já terá regressado), "elas" se passeiam ao sol poente (não "as" do O'Neill, mas as vizinhas), há "demi" no Flore que guardam a espuma dos dias e, ao lado, a "Écume des Pages" tem os corredores quase desertos, para fazer horas para a "choucroute" da Lipp (pronto! concedo! vamos à Stella)?
    Volta, rapaz, estás perdoado, deixa de "andar por aí", como o outro.

    RAN

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  4. O Senhor Alcipe está já a caminho, Ronaldo. Ele dará notícias em breve. E em verso...

    a) Feliciano da Mata

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  5. Pois aguardemos...Com serenidade
    Isabel Seixas

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  6. Para que poetas em dias de chuva?

    Para escudar e proteger a poesia como guarda chuvas, da chuva ácida...

    Se calhar nem era para responder...
    Outra vez lindos os dois poemas.
    Isabel Seixas

    Por acaso até acho que os poetas se emolduram mais em dias de chuva que em dias de sol quiçá mais inspirador ou indutor de nostalgias proficuas em palavras, não sei se tem valor cientifico...

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  7. Que dilúvio terá levado o nosso poeta???

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  8. Decerto um dilúvio de inspirações...De deuses maiores.
    Isabel Seixas

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