Entre a luz e a chuva
que recorda o outono que virá
- como na "vanitas" barroca as caveiras
pintadas nos lembram a precariedade.
Tudo é precário. Abram-me esta porta
a que eu bato a chorar
e deixem o vosso dinheiro escondido nas Ilhas Afortunadas.
Elas também irão afundar
e o Sol um dia esfriará
sobre os mares que as cobriram.
Tudo é precário.
A vida é variável e distancia-se de nós
cada dia:
"Ouvrez moi cette porte où je frappe en pleurant:
la vie est variable aussi bien que l'Eurype".
(GUILLAUME APOLLINAIRE)
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ReplyDeleteSó vir aqui poderia,
ReplyDeleteHoje, compensar-me.
Dia duro, solarengo,
Espesso e esgotante de trabalho.
Que apesar de ser a gosto, me lembra Inevitavelmente a precariedade.
De mim, dos meus, sobretudo dos meus,
Quando nem sempre
A porta se abre para eu chorar...
Meu caro Alcipe
ReplyDeleteQuando postei a primeira vez o "Inevitavelmente" não apareceu na linha de baixo. Julguei que me tinha enganado. Apaguei e repeti. Mas aconteceu o mesmo. Será que há aí um vírus ditador?
Homessa! :))
Aqui não há ditaduras, mas vírus quem poderá sabê-lo? Não mexi, é claro, no seu poema, de que gostei bastante. Algum erro desse lado? Saudações amigas
ReplyDeleteAlcipe