Resplandece - é o termo - o que te cerca
e o mundo não conhece mais melancolia.
Tudo o que foi passado (lembras-te
daquela praça do Norte onde chovia,
da catedral gótica incensada pelo nevoeiro
e dos teus versos hesitantes?)
vai sendo soberbamente varrido por esta luz
mediterrânica e secretamente trágica
que te rodeia
e da qual nasceste.
Não há fuga possível
do sol.
Torra-me o sol,
ReplyDeleteNão me deixa respirar.
Desnuda corpos,
Martiriza o olhar.
O meu tempo é neblina
Com árvores a desfolhar.
É um olhar melancólico
Para o inverno a chegar.
Fortalece-me esse tempo,
Que é sem o ser.
Outono que deixa o Verão
Para o Inverno chegar.
Céu cinzento
E uma brisa do mar.
Não há fuga possível do sol?
ReplyDeleteIsso foi ontem...
e subitamente hoje não houve
fuga possível da chuva
este é o tempo
caprichoso
intermitente
e cruel
que nada sabe dos sonhos
de tanta gente
que trabalha
o ano inteiro
que espera do sol
a cicratização
das rotinas
que sente na alma
uma imensa alegria de partir...
mas quem sabe amanhã será diferente
e o mar
até o mar
voltará a sorrir
Portugal
ReplyDeleteGeorges Moustaki
Oh muse ma complice
Petite sœur d'exil
Tu as les cicatrices
D'un 21 avril
Mais ne sois pas sévère
Pour ceux qui t'ont déçue
De n'avoir rien pu faire
Ou de n'avoir jamais su
A ceux qui ne croient plus
Voir s'accomplir leur idéal
Dis leur qu'un œillet rouge
A fleuri au Portugal
«Portugal, o Verão
Resplandece - é o termo -»In Alcipe
Citados por Isabel SEixas