Cito do excelente artigo de Teresa de Sousa no "Público" de hoje:
Conhecem-se as reacções de Bruxelas ou de Berlim e a decisão do Banco Central Europeu de ignorar a recomendação da Moody"s, continuando a comprar títulos de dívida portuguesa mesmo no caso de as outras duas "grandes" resolverem seguir a mesma opinião. Na verdade, é o poder de Angela Merkel que está a ser desafiado. A chanceler decidiu, contra a opinião generalizada dos seus parceiros (incluindo o BCE) que haveria um reescalonamento da dívida grega com a participação "voluntária" dos credores privados. As agências de rating avisaram que isso seria interpretado como "incumprimento selectivo". Merkel respondeu entredentes: "No que respeita às agências de rating, penso que é importante que não permitamos que outros se apoderem da nossa própria capacidade de avaliar e decidir". Portugal foi apenas o primeiro disparo do contra-ataque e, se se quiser, a primeira vítima desta "chantagem" à qual a Europa não parece conseguir responder. "A crise da dívida soberana fez dos políticos europeus piões das agências de rating", escreve a Spiegel. Na Europa, o debate apenas agora começou, mas é de prever que nada vá ficar como dantes.
Teresa de Eousa é optimista!
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