E há ainda uma luz que se opõe ao seu dia
e um dia que não sabe onde esteve uma casa.
Mas sabemos também: o remorso que havia
nem sequer aprendeu a bater uma asa.
Mas sabemos que ali é a nossa morada
e ninguém nos convence de coisa contrária.
Acordámos na casa que nos foi fechada
e durámos na luz por nossa vida vária.
Ali foi o começo, o nó e a origem.
Quem sabe só de um verso toda a luz que o anima?
Reconheço na casa a memória assassina
que treme de lembrar mentiras que nos fingem.
Em Bruxelas está no Museu de Magritte
a resposta da vida ao seu próprio limite.
Rendo-me. Sempre!
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