A criança que brinca no lixo
é um lugar comum para a nossa indignada compaixão
(eu falei um dia da beleza das garças
voando sobre o lixo de Luanda).
Agora na Índia a contemplação do lixo
leva-me ao pensamento crítico dos indianos
ponderando a sua dividida modernidade.
Em Angola era mais simples:
as garças simplesmente voavam
do lixo para o mar
e ninguém tinha tempo para pensar na modernidade.
Aqui escrevem sobre o lixo e sobre os excluídos,
sobre as tribos, as castas, as seitas,
os movimentos sociais que vêm para a rua,
a guerrilha maoísta que também existe
e tudo se move.
Enquanto alguns pensam que a Índia é um país
de milionários e de faquires...
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