O meu amigo Boaventura, o Prof. Hespanha e outras pessoas de bem reclamam porque se celebram as sete maravilhas portuguesas no mundo sem se falar do tráfico de escravos.
Pergunto-me se será legítimo celebrar as pirâmides do Egipto sem exigirmos explicações sobre os escravos dos faraós; o Taj Mahal sem nos indignarmos com a escravatura praticada pelos mogóis; Chichen Itzá, sem condenarmos os escravos e os sacrifícios humanos perpetrados pelos maias; o Coliseu de Roma sem lamentar (ao menos) tantos escravos e gladiadores; a Acrópole sem ... chega!
"Todo o monumento de civilização é ao mesmo tempo um monumento de barbárie" (Walter Benjamin)
Ah, desculpem, esqueci-me : antes dos europeus a escravatura era risonha e franca, como bem testemunhou o Espártaco! Pois claro, que confusão neo-colonial a minha!...
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Muito bem. Mas é feio ser cruel com os pombas brancas.
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