No Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel os diplomatas não apenas deixaram de usar gravata: vêm trabalhar de jeans, com sandálias, camisa aberta, enfim, como veraneantes...
Instruções do ministro, por razões ecológicas? Não. Uma greve. Uma greve de diplomatas.
O líder do sindicato dos diplomatas israelitas falou ao "Monde". Obviamente mais radical que os outros, vinha descalço, por barbear e com uma t-shirt provocadora. Explicou que o congelamento dos vencimentos dos diplomatas causava as maiores dificuldades à carreira: baixo nível de remunerações(2150 €/mês, ao fim de 15 anos de serviço) relativamente a outros sectores, cônjuges que têm que escolher entre a separação física e o desemprego, reformas a decrescer, tudo isto faz com que, passados dez anos de carreira, 30% dos diplomatas vão trabalhar para o sector privado e 10% dos postos nas embaixadas fiquem vagos.
Esta primeira forma de luta, a vestimentária, não exclui, segundo o presidente do sindicato dos diplomatas israelitas, outras mais radicais, desde a greve aos telegramas até à recusa de passar passaportes diplomáticos, de prestar assistência aos governantes no estrangeiro ou mesmo de fechar todos os serviços consulares de Israel!
O pior é que esta ideia está a alastrar: segundo o mesmo "Monde", o sindicato dos diplomatas americanos sugeriu que os diplomatas, como forma de luta, viessem trabalhar para o State Department...em roupa interior!
(Fonte: Le Monde, 12-13 de maio)
Para mim há de facto uma perda imediata de identidade profissional" o hábito/fato faz o monge/embaixador"
ReplyDeleteAgora que, se os diplomatas fazendo jus à situação economica do país, se vestirem/despirem de acordo com a nossa escalada na austeridade, rapidamente veremos os nossos Embaixadores a nú, o que convenhamos não deixa de ser interessante.
Olhe que não, minha senhora, olhe que não...
ReplyDeletea) Alcipe