A produção da alegria não foi encarada
por nenhum plano.
Os mercados não investem na alegria:
o sangue, o suor, as lágrimas,
já não como matéria de heroísmo,
mas como modo de legitimação moral
da especulação financeira,
tais são os produtos convenientes
ao desequilíbrio constante
em que assenta o capitalismo.
Será esta a verdadeira revolução permanente?
por nenhum plano.
Os mercados não investem na alegria:
o sangue, o suor, as lágrimas,
já não como matéria de heroísmo,
mas como modo de legitimação moral
da especulação financeira,
tais são os produtos convenientes
ao desequilíbrio constante
em que assenta o capitalismo.
Será esta a verdadeira revolução permanente?
Um belo exemplo de como a Poesia pode descrever a realidade e ao mesmo tempo transfigurá-la através da Beleza.
ReplyDeleteÓ Alcipe, mas será que existem regimes políticos que investem na alegria?
ReplyDeleteO poder não é, ele mesmo, a expressão da autoridade? E onde está a alegria de a exercer? Ou até de lhe obedecer?
A alegria não será, antes, um investimento pessoal, uma busca individual que pretende tirar da vida essa suprema manifestação do existir?
AVENTURA BOLSISTA
ReplyDeleteCerto dia o PSI VINTE
cansado de estar fechado
saiu da BOLSA mascarado de "senhor"
passou na tabacaria
olhou revistas jornais
tanta gente cor de rosa
famosos sexys felizes
algumas histórias de amor
afirmações de ministros
e outras mentiras mais
dois homens engravatados
discutiam os SPREADS
ACÇÕES RATINGS FUTUROS
e até falaram de si
que subia...escorregava
quem sabe recuperava
ali mesmo nesse dia...
e o NASDAK Santo Deus
sempre sempre a persegui-lo
era uma sombra maldita
gigante contra golias
e claro a engoli-lo...
Se as notícias eram boas?
Não percebeu...ninguém falou de pessoas
Eram horas de voltar
sentiu tamanha ansiedade
que se sentou ali mesmo
num banco daquele jardim
(ah que banco acolhedor)
dormitou
e não é que foi sonhar
com alguma comoção
que a BOLSA tinha acabado
não seria nunca mais
um PSI avaliado
nem teria cotação...
ali perto...no fim da tarde de Outono
os pombos e os pardais saltitavam felizes debicando...debicando...
Sr. Embaixador
ReplyDeleteEstou encantado com a actualidade do seu poema e com a rara, raríssima ironia da história do psi vinte que aqui foi contada pela sua habitual comentadora.
Maravilhosas e tristes metáforas
É sempre bom passar por aqui. Paragem obrigatória.