Sunday, April 3, 2011
Dos bancos (2)
Um dos senhores que dirigia um desses bancos falidos que sobrecarregam hoje o nosso défice explicou-me em tempos idos, com muita cortesia e gentileza, durante um jantar aliás simpático, que eu, enquanto funcionário público, representava um puro encargo e um entrave para o país e para os verdadeiros criadores de riqueza, como ele próprio. Senti-me miseravelmente culpado pela estagnação nacional.
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Eu assisti a essa conversa, em Lisboa, em Dezembro de 2004. O cavalheiro foi mais longe: explicou que, se mandasse, demitia todos os funcionários públicos com mais de 45 anos. Agora, fez falir um banco e anda aí de costas direitas, sendo, às vezes, ouvido como "especialista".
ReplyDeleteCostas direitas e quentes direi eu...
ReplyDeleteMas a esses senhores nem os orgãos fiscalizadores deram qualquer aperto.
Jantam no Eleven, têm carro de alta cilindrada, publicam livros e ainda lhes pagamos os buracos que deixaram.
Rapazes finos e rendeiros!