Os poetas da minha juventude
confundem-se com as suaves e ariscas raparigas
que namorávamos nos bailes e cinemas mais escuros
e cada verso que lembro
é um acto de amor que ficou por praticar.
Trabalho hoje o poema sem um sorriso de mágoa,
escrevo para ti ou viro-me de costas para o mundo,
porque tudo mudou.
A memória nada é sem este puro imaginar:
transforma-se o amador no seu próprio vazio
junto da coisa amada.
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