nunca entenderás o seu curso.
Mas se mergulhares no rio,
nunca chegarás à terceira margem.
Detenho-me junto ao rio,
como diante do sinal luminoso
antes de cruzar a avenida.
Não há apenas aqui dois caminhos.
Nunca há só dois caminhos:
o Bem e o Mal estão contidos no mesmo forno
que coze a escassa farinha.
Ficar na margem? Entrar no rio?
Detenho-me no cais.
As piras estão acesas,
despedimo-nos aqui.
Prezado Alcipe, que belíssima mistura e que bem me cala esta estranha poética.
ReplyDeleteMinha cara amiga, como é bom ter leitores assim!
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