A 'velha senhora' rimalha-lhe os parabéns. Diz-me saber a rimalhice fraquinha, mas que é de boa vontade:sessenta e quatro! eu, sincera amiga, até me comovo:poeta não degeneraeterna tem primaverase for poeta pró povosessenta e quatro! quem deravoltar a tê-los de novo: a vida foi-me quimerade mais amor sempre à esperaco'a morte nada resolvoparabéns jovem amigoque goze muitos e bonsque a vida o cubra de dons!um copo bebo consigo
ó minha velha senhoranunca esperava eu vero que passa hora a horae a gente sem perceber(que malha se foi tecer?)
Espreitei no fundo da gavetapor algum poema esquecidosó para exultar um poeta brindar com rima e sentido fui espreitar à escrivaninha que tem uma gaveta segredo se havia laço e caixinhasorte quatro folhas num trevosem um estilo literáriorigor métrico ou semânticonesse registo proletárioHip Hip Hurrah será o cânticocompetir com a velha amigaé difícil até arriscado com alvarinho ou jeropiga dar parabéns a cantar o fadosessenta e tal que maturidade tal o quatro em equilíbriofestejemos mas é amizade sem embriaguês ou martírio...
Eu a beber espumantee a notícia escaldantea saltar, fresca, nas redes:dizei vos, que percebedes...
Até a mim deixou perplexapensei seria golpe de estadodada a prisão controversa de histriónica e resultadoo meu coração acabrunhado
Alcipe um sincero abraço por esses sessenta e quatro!
Querida amiga, muito obrigado
A 'velha senhora' rimalha-lhe os parabéns. Diz-me saber a rimalhice fraquinha, mas que é de boa vontade:
ReplyDeletesessenta e quatro! eu, sincera
amiga, até me comovo:
poeta não degenera
eterna tem primavera
se for poeta pró povo
sessenta e quatro! quem dera
voltar a tê-los de novo:
a vida foi-me quimera
de mais amor sempre à espera
co'a morte nada resolvo
parabéns jovem amigo
que goze muitos e bons
que a vida o cubra de dons!
um copo bebo consigo
ó minha velha senhora
ReplyDeletenunca esperava eu ver
o que passa hora a hora
e a gente sem perceber
(que malha se foi tecer?)
Espreitei no fundo da gaveta
ReplyDeletepor algum poema esquecido
só para exultar um poeta
brindar com rima e sentido
fui espreitar à escrivaninha
que tem uma gaveta segredo
se havia laço e caixinha
sorte quatro folhas num trevo
sem um estilo literário
rigor métrico ou semântico
nesse registo proletário
Hip Hip Hurrah será o cântico
competir com a velha amiga
é difícil até arriscado
com alvarinho ou jeropiga
dar parabéns a cantar o fado
sessenta e tal que maturidade
tal o quatro em equilíbrio
festejemos mas é amizade
sem embriaguês ou martírio...
Eu a beber espumante
ReplyDeletee a notícia escaldante
a saltar, fresca, nas redes:
dizei vos, que percebedes...
Até a mim deixou perplexa
ReplyDeletepensei seria golpe de estado
dada a prisão controversa
de histriónica e resultado
o meu coração acabrunhado
Alcipe um sincero abraço por esses sessenta e quatro!
ReplyDeleteQuerida amiga, muito obrigado
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