Friday, November 21, 2014

When I'm sixty-four...


7 comments:

  1. A 'velha senhora' rimalha-lhe os parabéns. Diz-me saber a rimalhice fraquinha, mas que é de boa vontade:

    sessenta e quatro! eu, sincera
    amiga, até me comovo:
    poeta não degenera
    eterna tem primavera
    se for poeta pró povo

    sessenta e quatro! quem dera
    voltar a tê-los de novo:
    a vida foi-me quimera
    de mais amor sempre à espera
    co'a morte nada resolvo


    parabéns jovem amigo
    que goze muitos e bons
    que a vida o cubra de dons!
    um copo bebo consigo

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  2. ó minha velha senhora
    nunca esperava eu ver
    o que passa hora a hora
    e a gente sem perceber

    (que malha se foi tecer?)

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  3. Espreitei no fundo da gaveta
    por algum poema esquecido
    só para exultar um poeta
    brindar com rima e sentido

    fui espreitar à escrivaninha
    que tem uma gaveta segredo
    se havia laço e caixinha
    sorte quatro folhas num trevo


    sem um estilo literário
    rigor métrico ou semântico
    nesse registo proletário
    Hip Hip Hurrah será o cântico


    competir com a velha amiga
    é difícil até arriscado
    com alvarinho ou jeropiga
    dar parabéns a cantar o fado

    sessenta e tal que maturidade
    tal o quatro em equilíbrio
    festejemos mas é amizade
    sem embriaguês ou martírio...




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  4. Eu a beber espumante
    e a notícia escaldante
    a saltar, fresca, nas redes:
    dizei vos, que percebedes...


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  5. Até a mim deixou perplexa
    pensei seria golpe de estado
    dada a prisão controversa
    de histriónica e resultado
    o meu coração acabrunhado

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  6. Alcipe um sincero abraço por esses sessenta e quatro!

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