Ando a escrever sobre a poesia e a morte, para uma encomenda tão honrosa quanto funérea. Deixo-vos pois aqui um poema fundamental de Pavese, em italiano e tudo:
Verrà la morte e avrà i tuoi occhi-
questa morte che ci accompagna
dal mattino alla sera, insonne,
sorda, come un vecchio rimorso
o un vizio assurdo. I tuoi occhi
saranno una vana parola,
un grido taciuto, un silenzio.
Così li vedi ogni mattina
quando su te sola ti pieghi
nello specchio. O cara speranza,
quel giorno sapremo anche noi
che sei la vita e sei il nulla
questa morte che ci accompagna
dal mattino alla sera, insonne,
sorda, come un vecchio rimorso
o un vizio assurdo. I tuoi occhi
saranno una vana parola,
un grido taciuto, un silenzio.
Così li vedi ogni mattina
quando su te sola ti pieghi
nello specchio. O cara speranza,
quel giorno sapremo anche noi
che sei la vita e sei il nulla
Per tutti la morte ha uno sguardo.
Verrà la morte e avrà i tuoi occhi.
Sarà come smettere un vizio,
come vedere nello specchio
riemergere un viso morto,
come ascoltare un labbro chiuso.
Scenderemo nel gorgo muti.
Verrà la morte e avrà i tuoi occhi.
Sarà come smettere un vizio,
come vedere nello specchio
riemergere un viso morto,
come ascoltare un labbro chiuso.
Scenderemo nel gorgo muti.
CESARE PAVESE
é tentar uma tradução, uma versão, pois a morte vírá e terá os teus olhos, não, melhor a morte chegará e levará os teus olhos, ou posuirá os teus olhos, como traduziria graça moura? pois este da morte é um tema de sempre e rico, poucos poetas não o trataram, vem me à memória o do ruy belo do um dia não muito longe não muito perto entrarás no meu quarto e chamarás por mim; o cemitério marinho do paul valéry, entre les pins palpite, entre les tombes; o quero ser enterrado em sête de georges brassens; o une fenêtre ouverte: la mort n’est jamais complète,
ReplyDeleteil y a toujours puisque je le dis
puisque je l’affirme
au bout du chagrin
une fenêtre ouverte
une fenêtre éclairée.
Il y a toujours un rêve qui veille,
désir à combler,
faim à satisfaire,
un cœur généreux
une main tendue
une main ouverte
des yeux attentifs
une vie, la vie à se partager.
do paul eluard,
vários, tantos do baudelaire; os do verlaine; do poe; o belisimo dormeur du val do rimbaud, sim, interessante esta pequena antologia de 3 poemas até agora sobre o mesmo assunto, pois cada autor o vê segundo a sua perspectiva, encenações diversas, cada um como vê as coisas, camões fala da dura morte e tambem da honrada morte, pois deve haver outros poemas doutros apropriados para a antologia e poemas escritos e a escrever para a encomenda honrosa, num fala se das aves, sim, hoje durante alguns minutos houve gaivotas em terra, agitadissimas, piando como nos passaros, os da pelicula, pois nada tinham que ver com a morte penso, afastaram se de algo sobre o mar que não gostaram ou as assustou, tempestade no mar diz o proverbio ou dito, subitamente foram se, e há aves da morte, os abutres nos telhados das igrejas ou casas quando há velatórios em certos climas, depois acompanham o enterro até ao cemitério, mas já estou divagando, a poesia e a morte pois, atentos estamos, etc etc