Antes de criticar qualquer decisão de um poeta
sobre a edição, parca ou lauta, da sua obra,
lembre-se, Senhor Kappus do que dizia Eliot:
cada poema é um epitáfio.
Lembre-se que a poesia
por querer dizer o desejo de durar
no fim apenas sabe arder
e nenhuma faca, nenhuma, corta o fogo.
Toda a poesia fala da morte, senhor Kappus,
por isso o proíbo, ouviu, o proíbo,
de criticar qualquer decisão, seja ela qual for,
que um verdadeiro poeta possa tomar sobre a sua obra.
Senhor Poeta, a morte é o mais eficiente dos mercados,
pois perdemos sempre, sabemo-lo à partida:
e não obstante continuamos a investir
como doidos furiosos, continuamos a dar óleo à máquina
que nos vai fazer em picadinho ou em pequenas rodelas
de um manuscrito tão fino que não caberá senão
no mais aceso dos fornos crematórios.
E ainda me fala de verdades?
sobre a edição, parca ou lauta, da sua obra,
lembre-se, Senhor Kappus do que dizia Eliot:
cada poema é um epitáfio.
Lembre-se que a poesia
por querer dizer o desejo de durar
no fim apenas sabe arder
e nenhuma faca, nenhuma, corta o fogo.
Toda a poesia fala da morte, senhor Kappus,
por isso o proíbo, ouviu, o proíbo,
de criticar qualquer decisão, seja ela qual for,
que um verdadeiro poeta possa tomar sobre a sua obra.
Senhor Poeta, a morte é o mais eficiente dos mercados,
pois perdemos sempre, sabemo-lo à partida:
e não obstante continuamos a investir
como doidos furiosos, continuamos a dar óleo à máquina
que nos vai fazer em picadinho ou em pequenas rodelas
de um manuscrito tão fino que não caberá senão
no mais aceso dos fornos crematórios.
E ainda me fala de verdades?
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