"(...) a necessidade de escrever não se satisfaz, é a necessidade de tentar dizer o que nunca se disse, de procurar dizer algo que é, digamos, informulado... Eu tenho um poema que diz que o poeta procura escrever sempre o primeiro poema e nunca o escreve. Mas esse primeiro poema persegue-o sempre em cada poema que ele escreve e ele persegue esse primeiro poema que nunca chega a escrever. É por isso que ele escreve sempre."
(António Ramos Rosa, em entrevista ao PÚBLICO, 1994)
Naqueles anos, entre a Chaves do meu ensimesmamento e a Lisboa que a Alice Vieira e o Jorge Silva Melo, naquele verão de 1966, começaram a mostrar a este menino provinciano, lido e bisonho, "Poesia, liberdade livre" foi um dos livros que mais me ensinou esta luta com as palavras que a poesia é, sem condescendências nem evasivas. E que quando essa vontade de dar luta não é total e sem reservas, não vale a pena escrever: por isso tantos intervalos de anos, tantos longos períodos de silêncio na minha relação com fazer poesia...
(António Ramos Rosa, em entrevista ao PÚBLICO, 1994)
Naqueles anos, entre a Chaves do meu ensimesmamento e a Lisboa que a Alice Vieira e o Jorge Silva Melo, naquele verão de 1966, começaram a mostrar a este menino provinciano, lido e bisonho, "Poesia, liberdade livre" foi um dos livros que mais me ensinou esta luta com as palavras que a poesia é, sem condescendências nem evasivas. E que quando essa vontade de dar luta não é total e sem reservas, não vale a pena escrever: por isso tantos intervalos de anos, tantos longos períodos de silêncio na minha relação com fazer poesia...
Que beleza. Que bom é nascer-se assim!
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