Adoro esta mulher moça e formosa,
Que à janela, a sonhar, vejo esquecida,
Não por ter uma casa sumptuosa
Junto ao Rio Amarelo construída…
- Amo-a porque uma folha melindrosa
Deixou cair nas águas distraída.
Que à janela, a sonhar, vejo esquecida,
Não por ter uma casa sumptuosa
Junto ao Rio Amarelo construída…
- Amo-a porque uma folha melindrosa
Deixou cair nas águas distraída.
Tambem adoro a brisa do Levante
Não por trazer a essência virginal
Do pessegueiro que floriu distante,
No pendor da Montanha Oriental…
- Amo-a porque impeliu a folha errante
Ao meu batel no lago de cristal.
Não por trazer a essência virginal
Do pessegueiro que floriu distante,
No pendor da Montanha Oriental…
- Amo-a porque impeliu a folha errante
Ao meu batel no lago de cristal.
E adoro a folha, não por ter lembrado
A nova primavera que rompeu,
Mas por causa de um nome idolatrado
Que essa jovem mulher n’ela escreveu
Com a doirada agulha do bordado…
E esse nome… era o meu !
A nova primavera que rompeu,
Mas por causa de um nome idolatrado
Que essa jovem mulher n’ela escreveu
Com a doirada agulha do bordado…
E esse nome… era o meu !
in Poesias Completas – António Feijó, Prefácio de J. Candido Martins, Edições Caixotim
interessante poema um pouco naif, com algumas tonalidades de cesario. poeta que não li, para ir espreitar
ReplyDeleteBelos poetas existem na carreira diplomática. Feijó é um bom exemplo, mas eu prefiro o dono deste blogue!
ReplyDeleteEstava quase tentada a dizer : que romântico : )
ReplyDeleteMas nao. Direi antes que exotico e que bela descriçao visual : )
simpática helena
ReplyDeleteque um deus a abençoe
eu só tenho pena
a inveja me dói
Pelo menos o poeta não é mal agradecido, talvez um pouco narcisico ou egocentrico ...
ReplyDeleteIsto foi, claro, a velha Senhora
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