— Belo como a coisa nova
na prateleira até então vazia.
— Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
— Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.
(João Cabral de Melo Neto)
na prateleira até então vazia.
— Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
— Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.
(João Cabral de Melo Neto)
ler o poema de jcmn trouxe me a lembrança do ter visto há muitos anos no cinema imperio, agradecendo os aplausos e dizendo umas palavras ao publico depois da representação por uma companhia de teatro universitaria brasileira do auto vida e morte severina. Entre os actores estava um chico buarque ainda desconhecido que compôs a musica da peça. Jcmn estava de fato escuro no palco.
ReplyDeletequanto à poesia acima, toda a razão quando diz como o caderno novo quando se principia. ali se pode inscrever tudo.
De facto, a coisa nova é, quase sempre, linda.
ReplyDeleteMas emociona-me mais quando, com o correr do tempo, ela continua linda, e o caderno continua aberto para nele continuarmos a escrever. Esta será, talvez, a maior ambição da minha vida... digo eu, que até não tenho pretensões de ser poeta!